Nasci em 30 de janeiro de 1982. MInha mãe estava sózinha no hospital e meu pai trabalhando para fora, ela pegou carona prá casa e então, já de cara eu, recém chegada nesse mundo, já pego a estrada. E a vida é isso mesmo, uma estrada. Uma estrada cheia de curvas, de pedras, flores e honras. Desde cedo a música se manifestou como aptidão nata, com uns sete ou oito, eu já comecei a tocar sem ninguém me ensinar. Peguei o violão, e simplesmente saí tocando, fazendo acordes que eu nem sabia o nome. Fui prenda no CTG. E com 12, me convidaram prá cantar na noite, em um bar, aliás, o único bar da cidade que tinha Música ao vivo, e eu nem sabia se tinha capacidade prá isso, mas encarei. Nem sabia o que cobrar, meu cachê era xis, coca-cola e uns trocados. Mas eu chamei a atenção e enchi o bar, fui muito aplaudida, e segui tocando quase todas as semanas. Logo estava tocando por bares naRegião, sendo explorada, pois eu nem tinha noção do que eu deveria receber em dinheiro. Eu e minha irmã, Vanessa. Brigávamos, mas fazíamos boa música, com ênfase nos duetos. Foi até legal, mas não era isso que eu queria. Tive a primeira banda, a segunda, mas nunca ninguém queria o mesmo q eu, criar músicas. Meus ex-pareiroa musicais só pensavam em grana, em tocar cover e nunca saíamos disso. Mas, o tempo foi passando e eu enchendo os cadernos, com letras e letras de música, todas elas falando sobre rebeldia juvenil, críticas pseudoanarquistas, e muito amor, desamor e dor. Eu nunca tive sorte no amor. Mas transformava tudo o que eu sentia em poemas e letras. Nossa, como eu já namorei, e como eu já sofri. Meu primeiro amor me traiu com minha melhor amiga. Foi uma susseção de "quebração de cara". Uma seqüência de pessoas erradas. Almas Gêmeas temporárias... culpa minha talvez. Por amar demais e sufocar o outro. Mas bah... que coisas ruíns me aconteceram. Mas sempre me trouxeram lições e me deixaram mais forte. Nunca nenhum amor me matou. Nunca nenhum amor me cegou. Nunca nenhum homem me dominou. Tive um namorado, certa vez, que soube que eu estava de malas prontas prá viajar com a minha banda de reagge, a Tribo da Lua, e invadiu a minha casa, pulou a janela e quis me matar. Que anta!!! Eu estava com botas de salto e bico fino e quase furei a barriga dele quando ele subiu em mim, querendo me sufocar. Que idiota! Tive que voltar prá casa dos meus pais, com medo, e sair da cidade que eu amava, São Jerônimo. Fui salva pelos vizinhos, que me ouviram gritar socorro e chamarm os Militares, que pegaram a criatura na tentativa de me fazer mau. São coisas que me marcaram, e que me fazem de longe, identificar um maníaco ciumento. Droga, eu era tão feliz naquelça cidade. Vim morar denovo no fim do mundo. E conheci um carinha muito legal, chamado João. Nós éramos o casal mais doido dessa pequena cidade, marcamos aquela época. Eu era a Janis e ele o Jim. Pena que houve um monte de mau entendidos, e eu acabei ficando com um outro, por despeito. E esse outro grudou no meu pé, se mostrou muito apaixonado e eu acreditei. Na verdade, ele tinha era uma rivalidade com o João, e eu nem imaginava que estava sendo um objeto de disputa. ESse bonitinho e ordinário conseguiu me namorar mais de um ano, um record!!!! Mas me traía tipo bicho, e eu nem imaginava. fui descobrir depois, pelos outros. Bem, tenho essa coisa de curar um amor com outro. Esse mocinho bonito que me namorou, ficou com outra, na minha frente, no dia do meu aniversário, sem nem terminar comigo. Bah, doeu muito. Até apedrejei ele. Ele saiu correndo. Mas eu estava muito triste com aquilo tudo, e resolvi sair prá passear, ouvir um pouco de Rock N" Roll, em Butiá, no Carbomoto de 2005. Chegando lá... adivinha com quem eu dô de cara? Com o bonitinho aos beijos com uma feiosa. Putz, enchi meus olhos de lágrimas, mas segurei. De longe avistei alguns moicanos e pensei: "Devem ser meus amigos PUnks". Bah, eu com a mochila cheia de capeta, me empedrei. Olhei para o lado um moço muito lindo, loirinho, com os olhos verdes como os campos do Sul do Brasil... "your eyes are green as the fields fo the south of the Brazil"... ai, ai, ai... se eu soubesse. Se eu soubesse o quanto eu o amaria, nem teria chegado perto. Mas ele me chamou com a sua mão, umas duas vezes, e eu fui, sem pensar. Começamos a conversar e ver o quanto éramos parecidos. Ele, com o mesmo gosto que eu, rock antigo, motos custom, mesmo signo, quase a mesma idade, e filhos da mesma idade. Aquele ser não poderia ser real, mas era. E o idiota, bonitinho, viu que perdeu e me perseguiu a festa inteira, como um guarda. Bah, mas eu esqueci ele na hora, com aquele louro tão peculiar e misterioso. Foi uma das noites mais mágicas da minha vida. Total sintonia. Beijos de tirar o fôlego, e o resto, nem vou contar. Porque mil coisas aconteceram depois disso. MInha vida gira em torno do amor, e do desamor também. Hoje, só me restam migalhas desse amor. Ele é tão cobiçado que nem tem tempo prá me dar um olá, e quando isso acontece, é um orgasmo espiritual. Sei que são muitas na lista da esperança, algumas rezam até, pedindo ele prá Deus. mas eu não quero que ele seja meu, quero apenas que ele se lembre de mim assim: como alguém especial. E que se Deus tiver tempo prá pensar numa coisa tão pequena (comparando com so preoblemas dessa humanidade cruel), numa pessoa tão insignificante comparando com a multidão, se deus tiver tempo prá escolher a escolhida dele, que ele escolha aquela que possa fazê-lo mais feliz. Não sei se é eu. nem sei se eu consegueria me prender a vida inteira em alguém. Sou muito cigana, muito viajndona e maniática. Mas eu quero sim, pedir à Deus que ilumine e cuide de nossos filhos, os meus e o dele. Quero que Deus me ajude a crescer como ser-humano e me traga prosperidade. Ora pedir alguém prá Deus?...! isso é mesquinho demais. Não se pede que alguém seja nosso. Isso é tão pequeno. O meu amor é infinito, independente de tempo e espaço. E é independente. Não preciso provar nada nem ser nada prá ser amada por ele. Eu apenas imagino coisas legais que possam acontecer, se tiverem que acontecer.
E isso, não depende de mim, nem de Deus.
Deus está no tibete, tentando salvar aquelas pessoas.
Deus está em cada vida que está nascendo agora.
Deus não tem tempo prá ouvir meu coração apaixonado, pq Deus sabe que as almas certas, se encontrarão, independentemente de tempo, espaço, ou qualquer outra pendência.
Talvez um dia eu cure esse amor, mas se eu não curar... vou ter muitas histórias prá contar pros meus netos, e direi á eles que o amor é uma grande aventura, um filme, que não se escolhe o final, nem o começo.

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