domingo, 15 de março de 2009

On the Road

A vida só é boa para quem tem histórias prá contar. Queria saber descrever tdo que os meus olhos veem, e a suavidade da linguagem do vento.
Como dizia o Renato Russo: "Nada mais vai me ferir, é que ja me acostumei com a estrada errada que eu segui.Com minha própria lei, tenho o que ficou e tenho sorte até demais como eu sei que tens também." Mas nunca a estrada é totalmente errada, sempre tem uma saída. A estrada são os dias. Os dias que passam. As horas que voam. E sempre lembrando os percalços do caminho como ensinamento, com nostalgia, com fé que um dia chego lá. Onde? Na estrada denovo. Este é o lugar. Melhor do que a chagada é a estrada. Nunca me importo com a distância, com o tempo, e sim em ter perseverança. Falo um paralelo entre andar e viver. São coisas muito parecidas. Sou andarilha, hippie, cigana... vou a pé, vou de bike. Me sinto indie dentro de um ônibus, e presto atenção nos detalhes da estrada. Mesmo que ainda não tenho a máquina, tenho a rota. Os erros são, no mínimo, um sinal de que estamos saindo da estrada principal e experimentando outros caminhos. Nas asas do destino buscarei um novo horizonte para recomeçar minha estrada. De ônibus, de trem, de carona... tanto faz: viver é bom nas curvas da estrada, e estrada sem curvas dá sono.

quarta-feira, 11 de março de 2009

As flores

As flores refletem bem o que é o amor. Quem deseja possuir uma flor, irá vê-la murchar. Mas quem olhar uma flor no campo, terá esta beleza para sempre. (Paulo Coelho)

segunda-feira, 9 de março de 2009

9º Carbomoto. (Liberdade é pouco, o que desejo não tem nome)

Eu odeio Carnaval, e daí? Não é só eu. Muita gente não gosta dessa candonga. Meu negócio é rock'n'roll, e o Carbomoto todos os anos é uma espécie do que equivale o Carnaval prá eles. Não sou motociclista, but I live on the road.. E certas coisas independem do material. Estão na alma... e minha alma atrai certas coisas, meu gosto alcança certos níveis, minha loucura do bem me faz flutuar sem precisar sair do lugar (já viajei1). Bem, voltando ao meu Carnaval... Meu Carnaval foi regado de cerveja, gente legal, rock'n'roll... e tudo que é bom. Não há como descrever em palavras certas coisas que a gente sente e vive. Mas foram 2 dias de tudo de bom. Eu tive a companhia da minha amiga Fran, que foi surpreendentemente muito livre e desprendida. Tive a companhia de pessoas que são importantes prá mim, mas não quero expô-las (viajei2, acho q ninguém lê meu blog), rsrsr. E conheci gente legal, ouvi boa música. Durmi numa barraca com um "guarda indígena psicodélico" maluco no lado de fora, o dono da barrca, q passou a noite procurando a sua moto, e quando a encontrou, perdeu suas botas...Durmimos uns quantos na mesma barraca solidária, que embora sem colchão, nos acolheu na hora em que o sono necessário para o reabastecimento da energia desprendida em meio a cervejas, caminhadas prá lá e prá cá, e outras cositas más. Noite virada, me sentindo um zumbi, nem sabia direito o que fazer: se ir embora ou ficar. Mas o Sol queimando na cara me segurou tanto que perdi a noção do tempo. No entanto, perdi o ônibus, a hora, e a noção de tudo, extasiada ouvindo boa música e curtindo entre amigos. O mais legal de tudo foi a sensação de liberdade, de desapego, estar livre e me sentindo em comigo mesma. Me lembro das muitas cantadas que ouvi, os muito foras que eu dei, que me serviram de alimento a minha tão oscilante autoestima (auto de próprio, não de ALtura). Na verdade, eu faço escolhas e as sigo, por mais impossíveis e delirantes que possam parecer. Afinal, liberdade não é fazer o que se quer, e sim querer o que se faz. E nisso tenho convicções. Enfim o Carbomoto novamente mais um ano me fez me sentir livre de muitas coisas: livre da rotina, livre do óbvio, livre de tabus, livre dessa cidade nanica e careta que moro, livre de funk, de pagode, que essas pessoas me fazem ouvir na marra com seus carros idiotas poluindo o ar.... o por falar em ar, A liberdade é o oxigênio da alma, e cada vez que sinto, ouço, vejo e beijo o que eu gosto, é como se meu ar se renovasse. ______________________________Com certeza, Carbomoto 2010.

sexta-feira, 6 de março de 2009

COISAS QUE EU GOSTO, COISAS QUE NÃO GOSTO

Gosto do gosto do teu gosto. Gosto do cheiro da manhã.
Gosto do gosto do beijo. Gosto da cor dos teus olhos.
Gosto de gostar de alguém mesmo longe.
Gosto do cheiro que eu lembro.
Gosto da fumaça do meu cigarro de mato.
Gosto do cheiro do meu cabelo molhado.
Gosto do gosto que eu sinto com o cheiro da chuva molhando a terra.
Gosto do cheiro de óleo. Gosto do incenso. Gosto de ver a luz.
Gosto do gosto da vida.
Gosto do som da minha voz. Gosto do resto que eu faço.
Gosto do som da risada.
Gosto dos pés descalços.
Gosto de lembrar.
Não gosto do tempo perdido. Não gosto de ser anulada. Não gosto de estar escondida. Não gosto de esperar por muito tempo. Não gosto de sofrer por muito tempo. Não gosto de ver certas coisas. Não gosto de saber algumas coisas. Não gosto de não ser o teu amor. Não gosto de sofrer.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Quem sou eu?Alguém que gosta de violão, de bar e de blues. Só mais uma mulher do bem se sentindo mal. Por isso transfiro os sentimentos mais puros aos versos,E às melodias que insistem em povoar minha alma.Quem sou eu?Personagem de mim mesma. Um disfarce. Um contorno.Prá sociedade sou estudante, professora, irmã, mãe, amiga, executiva, legislativa, cozinheira, pesquisadora, cantora, escritora, bruxa, cartomante, cigana, apaixonada por rock e blues.Quem sou? Será que sou ou ainda serei? Será que sou ou estou apenas sendo agora?Quem sou além de uma transição espiritual em autoconflito?To cansada de dizer quem eu sou, se quem sabe não admite! ,Não vejo a necessidade de dizer quem eu sou, pois isso aqui não é um atestado de identidade. É muito fácil fazer propaganda enganosa e me auto-afirmar por meio de caracteres. Mas a vivência e a as minhas atitudes que denotam o verdadeiro perfil do meu ser. Por isso vou indo sem pressa nesse caminho comprido que é a vida, esperando o inesperado, tentando alcançar o impossível, buscando o fortalecimento, manter a minha própria identidade, e tentando não me sentir molestada por essa sociedade suja e esquisita. Não quero forçar ninguém a me amar. Não quero forçar o que tem que ser expontâneo.Quero só sossego e viver com dignidade. Quero pelo menos poder lembrar e saber que é possível me sentir completa...Meus mais profundos sentimentos, lembranças e anseios estão guardados nos confins da minha mente colorida. E deixo que os Deuses escolham o que seja melhor para a minha vida.Eu canto o que eu sou. Canto tristezas com alegria, e alegria com tristezas. Que coração pode ser mais sincero que um coração bruxo?